terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Não achados e desencontrados

O garoto estava escrevendo, debruçada sobre a escrivaninha. Cansou-se, abriu a gaveta e estava prestes a guardar a caneta quando a mão de seu irmão o impede.
_ Está louco? O que ia fazer?
_ Bem...eu ia guardar a caneta...
_ Você não sabe q as canetas desaparecem dentro das gavetas?
_ Agora que você falou...verdade!
_ Esse é um dos mistérios da natureza! Ninguém jamais encontrou alguma caneta depois de tê-la colocado em uma gaveta!
_ E pra onde elas vão?
_ Provavelmente para o mesmo lugar que os guardas-chuvas! Se você esquece de ir buscar, logo ele some!
_ Nossa! E o que mais tem lá?
_ Coisas que perdemos, como bilhetes com telefones, endereços, chaves,principalmente as chaves importantes! Essas tem curta duração na nossa dimensão!
_ Puxa!
_ Dinheiro também perdemos, mas estudiosos afirmam que estes conseguem escapar, se transformando em moedas de pequeno valor e aparecendo misteriosamente em bolsos de calças que pouco usamos.
_ Tudo isso na outra dimensão?
_ Sim! E não são só essas coisas que desaparecem! Celulares também desaparecem e só pode-se ouvir um chiado, provavelmente pela interferência de ondas de outra dimensão, mas existem pessoas que tem ligação direta com esse mundo, essas pessoas criaram uma empresa que se chama “achados e perdidos” sendo seu protetor São Longuinho!
_ Mas, como essas coisas desaparecem?
_ Ninguém sabe ao certo! Alguns dizem que os objetos são abduzidos por duendes invisieveis!
_ Puxa vida! Que coisa incrível!
_ Mas não conte a ninguém, agora vamos se não vamos perder o ônibus pra escola.
Perto dali, duas canetas conversavam dentro de uma gaveta:
Caneta 1: Imagine! Que imaginação têm essas crianças!
Caneta 2: Verdade! Outra dimensão! Hahahahahaha!
Caneta 1: E os duendes invisíveis! Hahahahahahaha!
Caneta 2: Abdução! Que coisa absurda!
Caneta 1: como se você fosse desaparecer, não é mesmo? ... caneta...onde está você, caneta?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O mestre do Piano

A casa da avó. Lugar aconchegante e acolhedor, e ele estava indo justamente pra lá. Um garoto indo passar umas férias em sua avó.
_ Oi querido! - diz uma senhora idosa com muito carinho ao abrir a grande porta de madeira.
_ Oi vovó! - diz ele abraçando-a.
Ela o convida para entrar. Era uma casa grande, muito bonita, antiga, algumas coisas estavamcheias de pó, tinham varios quadros espalhados pelas paredes e pela sala, muitas pinturas coloridas que davam um aspecto mais acolhedor à casa, muitos vasos, esculturas e um enorme piano no centro de uma sala.
Ele ficou fascinado ao observar aquele piano, os seus olhos brilahavam. Sempre quis aprender a tocar piano. ele olhou para a avó e se sentou, levantou as duas mãos e teclou algumas vezes, o som não era bom, não tinah ritmo, mas tinha agilidade nos dedos.
_ Gosta de pianos? - perguntou ela colocando as mãos nos ombros dele.
_ Sim!
_ Que bom! Eu também, gosto muito, toco todos os dias...eu vou lá dentro pegar un sbiscoitos e uns copos deleite, mas peça umas aula ao Bemol, ele ouve todos os dias eu tocar piano - disse ela apontando para um gato preto e branco que observava tudo de um canto da sala.
O garoto sorri e faz um sinal positivo com a cabeça.
ele volta sua atenção para o piano e tenta tocar novamente,mas o som sai desarmonioso, com notas altas e baixas sem seguir ritmo algum.
_ Ei! - diz uma voz.
ele olha para os lados e não vê nada.
_ Aqui embaixo! isto rapaz!
Ele não podia acreditar. O gato falou com ele. Estava lá, parado, ao seu lado, falando com ele.
_ Você quer tocar piano, garoto? - perguntou o gato.
_ Que..Quero...- gaguejou o garoto ainda incrédulo, esfregando os olhos.
_ Então, deixe-me ajudá-lo! - disse o gato dando um salto e sentando-se num banco ao seu lado.
Será possivel? um gato falante...e que toca piano?
O gato esticou os dedos, lançou um olhar ´sereno para o garoto e começou a tocar. A música foi belíssima, tudo muito rápido, feito com harmonia, com suavidade, os dedos do gato tamborilavam e se confundiam com as teclas do piano.
_ Observou? - perguntou o felino, dirigindo um olhar inquiridor para o garoto.
_ sim! - disse ele acenando com velocidade a cabeça.
_ Então vamos, sua vez,eu vou lhe ajudar!
O garoto tentou novamente,mas errou. o gato o corrigiu, começando a dar dicas, mostrar a posição dos dedos, ensinar a postura, os toques´que devem ser feitos para conseguir as notas. o garoto tentou denovo, foi melhor, mas podia melhorar ainda mais. O gato decidiu fazer um pequeno dueto com ele, dizendo quais teclas ele devia tocar, aproveitando a agilidade do garoto. então começou um pequeno dueto, o som era muito bom pra os ouvidos e para a alma, uma musica calmante, com toques de velocidade inseridos pelo rapaz.
_ Muito bem! - aplaudiu o gato.
Era incrivel aquilo! ele estava aprendendo! E seu professor era um gato!
_ Você tem potencial rapaz, mas deve praticar, tudo requer pratica e atenção! pratique e logo estará tocando muito bem!
_ Obrigado...Bemol!
_ De nada rapaz! você é neto de minha dona, e ela gosta muito de você então eu também gosto de você! - disse o gato dando um tapinha afetuoso no ombro do rapaz.
_ Já estou chegando com os biscoitos! - disse a avó chagando com uma bandeja de madeira escura com biscoitos quentes e dois copos de leite.
O garoto corre eufórico em direção à ela.
_ Vovó! vovó! o seu gato! o bemol! Ele me ajudou! Me ajudoua tocar piano! Ele toca muito bem!
_ Eu lhe disse meu neto. - sorriu ela - Ele é bom pianista, me ensinou muita coisa, e quando você quiser aprender a tocar violino, chame o Rufus. - disse ela apontando para um cachorro grande e marrom, bempeludo, deitado em um canto da sala, e ao ouvir seu nome sentou-se nas patas traseiras.
_ Pois não senhora? - disse o cão.
_ Ei! Rufus! vamos mostrar para eles um espetáculo? - perguntou Bemol.
_ Claro!- disse o cão trazendo um violino.
E começou um lindo musical de piano e violino, digno de mestres.